Escândalo no Corinthians em caso com ex-patrocinadora
Mais de 11 meses após a rescisão do contrato, a ligação entre Corinthians e VaideBet chegou ao pico máximo de tensão nas investigações. Nesta quarta-feira (14), o SBT descobriu uma relação de dirigentes do Timão e o crime organizado.
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Reportagem assinada por Fabio Diamante e Robinson Cerantula informa que a Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro rastreou o caminho dos recursos envolvidos no contrato de Corinthians e a empresa de apostas, firmado em 2024.
Quebra de sigilos bancários mostrou as contas por onde circularam R$ 1,4 milhão pagos ilegalmente como uma espécie de comissão pelo patrocínio. A quantia saiu do Corinthians e chegou até uma conta denunciada por Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, ao Ministério Público.
Entendendo todo o esquema do caso VaideBet
Em novembro de 2024, Gritzbach seria assassinado a mando de traficantes. “O desvio foi realizado em duas remessas de R$ 700 mil, em março de 2024. O montante foi transferido para uma conta da Rede Social Media Design, empresa de Alex Cassundé, que atuou na campanha de Augusto Melo à presidência do Corinthians”, diz Relatório Técnico de Análise de Dados Financeiros e Bancários.
Por sua vez, a conta ligada a Cassundé fez dois rees, de R$ 580 mil e R$ 462 mil, para a Neoway Soluções Integradas, empresa ‘fantasma’ registrada em nome de uma jovem de 23 anos residente de Peruíbe, litoral de São Paulo, que posteriormente negou ter conhecimento do caso.

VaideBet rescindiu com Corinthians depois que pagamento da comissão foi revelado – Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Ainda em março do ano ado, a Neoway transferiu cerca de R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que ainda fez mais três transferências para a UJ Football Talent Intermediação, na casa dos R$ 870 mil. A UJ foi citada exatamente por Gritzbach, em delação feita com promotores de Justiça.
Conclusão: dinheiro saiu do Corinthians para empresa do crime organizado
Gritzbach afirmou que a UJ seria controlada informalmente por Danilo Lima, conhecido como “Tripa”, apontado como integrante do PCC. A possibilidade é de que os crimes enquadrados sejam lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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A VaideBet rescindiu o contrato de R$ 360 milhões com o Corinthians depois que o pagamento da comissão foi revelado. Em nota, o SC afirmou que “não tem responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do clube e que não comentará publicamente o caso”.