Oswaldo de Oliveira, ex-técnico do Fluminense
Aos 74 anos, Oswaldo de Oliveira afirma que ainda não encerrou sua trajetória no futebol. Em conversa com o portal ge, o experiente treinador, que ou três vezes pelo Fluminense, comentou que não recebeu mais propostas desde que deixou o comando do clube carioca em 2019. Apesar do período de inatividade, mantém o desejo de voltar à ativa e confessa sentir saudades do ambiente esportivo.
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O técnico dirigiu o Fluminense em três momentos distintos: entre 2001 e 2002, em 2006 e, por fim, em 2009. Nesta última agem, sua saída aconteceu de forma conturbada, após um empate em 1 a 1 com o Santos, no Maracanã. Na ocasião, protagonizou uma discussão acalorada com o meia Paulo Henrique Ganso à beira do gramado e chegou a fazer um gesto obsceno em resposta a provocações de um torcedor.
Ao longo de suas três etapas no comando do Tricolor, Oswaldo esteve à frente da equipe em 85 confrontos, somando 40 vitórias, 24 empates e 21 reveses. Seu melhor desempenho aconteceu em 2001, quando conduziu o time até a fase semifinal do Campeonato Brasileiro. Embora não tenha levantado troféus com o clube, ele reafirma sua vontade de retornar ao cenário futebolístico.
Desejo de retornar ao meio do futebol
“Não, de jeito nenhum (se aposentou). Vou até interromper. O meu telefone não tocou mais. E isso é incrível, porque foi no melhor momento da minha carreira, com experiência. Eu fico vendo os jogos na televisão e digo: “Pô, eu teria feito diferente”, disse ele.
Tenho muita saudade do campo porque às vezes quero reparar algumas coisas que considero equivocadas do que vejo nos jogos. Por exemplo, eu criei um módulo de treinamento que chamo definição da marcação dentro da área. Às vezes, você vê um atacante dentro da área, seis defensores, e esse cara está livre e faz o gol. Há pouco tempo eu vi isso. Por que as pessoas não atiram? Aquilo é treinável.
Você precisa criar situações no treinamento para impedir que o jogador fique livre dentro da área para fazer o gol embora tenha seis caras para marcar. Quer dizer, fica na cabeça aquele negócio de fazer a linha, de marcar a bola. Os caras marcam a bola e esquecem que tem um cara livre. Nesse dia a gente viu isso, três vezes nesses jogos decisivos. Então, essas coisas eu acho que a gente ainda tem pela experiência para ar, mostrar que muita coisa boa ainda pode ser feita“, finalizou.

Oswaldo de Oliveira, ex-técnico do Fluminense. Foto: Alexandre Durão, GloboEsporte.com
Chave virada para o Brasileirão
Atual vice-campeão do Campeonato Carioca, o Fluminense iniciou sua campanha no Brasileirão com derrota para o Fortaleza. No entanto, na Copa Sul-Americana, estreou com vitória sobre o Once Caldas. Agora, a equipe volta suas atenções para a segunda rodada do campeonato nacional, quando enfrentará o Bragantino no Maracanã, no próximo domingo.

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