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Paulistão Feminino

Árbitro é suspenso após acusações de machismo no Paulistão Feminino

Denúncias de jogadoras geram repercussão e FPF promete investigação rigorosa

“Na hora certa, vou te pegar”, diz árbitro segundo atleta

O árbitro Juliano José Alves Rodrigues foi suspenso preventivamente pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), após ser acusado de proferir falas machistas durante o confronto entre Bragantino e São Paulo, pelo Paulistão Feminino. As denúncias vieram à tona após declarações das jogadoras Stella, do Massa Bruta, e Aline Milene, do Tricolor Paulista. O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e entre os clubes envolvidos.

Juliano José Alves, árbitro da partida. Foto: Anderson Oliveira/Agência Paulistão
Juliano José Alves, árbitro da partida. Foto: Anderson Oliveira/Agência Paulistão

A zagueira Stella relatou, em entrevista à TNT, que ouviu o árbitro dizer: “Na hora certa, vou te pegar”. A jogadora seguiu o protocolo da Federação Paulista e fez o gesto em “x” com os braços, mas a partida não foi paralisada. “Trouxe a Aline aqui porque elas viram e ouviram também. Todo mundo ouviu falas preconceituosas e machistas”, completou. O protocolo antidiscriminatório visa interromper o jogo e proteger as atletas em casos como esse.

A meio-campista Aline Milene confirmou o episódio e criticou a postura do árbitro. “Isso não pode acontecer no futebol feminino. Quando os homens vêm apitar, acham que podem falar com a gente como bem entendem. Tem que ter respeito”, afirmou. A jogadora do São Paulo ainda disse que ouviu o árbitro afirmar que “iria dar falta quando quiser”. Ambas reforçaram a importância da denúncia para garantir segurança e dignidade em campo.

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Jogadoras São Paulo. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Jogadoras São Paulo. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Árbitro se defende e nega intenção ofensiva

Juliano José Alves Rodrigues negou ter tido intenção machista nas falas e justificou sua postura em entrevista ao portal ge. “O que quis dizer, no jargão do futebol, é que, numa próxima oportunidade eu daria o cartão”, explicou. Segundo ele, a frase foi direcionada ao comportamento da jogadora, que estaria reclamando excessivamente com a arbitragem. Ainda assim, o TJD-SP decidiu pela suspensão enquanto o caso é analisado.

Tanto Red Bull Bragantino quanto São Paulo divulgaram notas de apoio às jogadoras e cobraram providências. “Repudiamos toda e qualquer atitude discriminatória e esperamos, com atenção, a apuração dos fatos pela Federação Paulista de Futebol”, comunicou o Bragantino. Já o São Paulo afirmou que “não tolera tais atitudes” e reforçou seu compromisso com o respeito e a igualdade no futebol feminino, destacando que confia na justiça esportiva.

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Em nota oficial, a Federação Paulista de Futebol afirmou que não tolera, “sob nenhuma circunstância, atitudes preconceituosas, discriminatórias ou desrespeitosas dentro ou fora de campo”. A entidade destacou que acolheu as denúncias feitas pelas jogadoras e deu início a uma “apuração detalhada dos fatos”. A FPF ainda reiterou o compromisso com o protocolo de combate a atos discriminatórios no futebol feminino.

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Caso reforça debate sobre respeito no futebol feminino

O episódio reacendeu o debate sobre machismo estrutural no futebol e a importância da formação de arbitragem com olhar sensível à equidade de gênero. Jogadoras, clubes e torcedores se mobilizaram nas redes em solidariedade às atletas, cobrando mudanças reais na conduta de arbitragem e nas instituições. O andamento do processo no TJD-SP será acompanhado de perto por todos que defendem o respeito no esporte.

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