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Futebol Feminino

Lesões no joelho: por que o LCA preocupa tanto no futebol feminino

Incidência alta acende alerta, como a lesão ocorre e se confirma

Casos frequentes no futebol brasileiro

As lesões no ligamento cruzado anterior (LCA) são até seis vezes mais comuns em mulheres do que em homens, segundo estudos recentes. A FIFA, inclusive, vai financiar pesquisas para investigar se o ciclo menstrual pode estar relacionado ao aumento desses casos. A cena de jogadoras saindo de campo com dores no joelho é recorrente, do Brasileirão à Copa do Mundo. A preocupação é grande entre clubes e profissionais de saúde. Prevenir deixou de ser uma opção e ou a ser prioridade.

Jéssica Fernandes atuou como fisioterapeuta pela Seleção Brasileira feminina sub-20. Foto: Divulgação/CBF
Jéssica Fernandes atuou como fisioterapeuta pela Seleção Brasileira feminina sub-20. Foto: Divulgação/CBF

O futebol feminino nacional já registra diversas lesões graves de LCA na última temporada. No Palmeiras, Natascha, Dudinha e Victoria Liss estão entre as atletas afetadas. Glaucia, atacante do Flamengo, ou por três cirurgias no joelho. Apesar das dificuldades, ela conseguiu voltar à Seleção Brasileira. “Foram os momentos mais difíceis da minha carreira”, revelou. A recuperação física e emocional é longa e requer e multidisciplinar especializado.

A ruptura do LCA geralmente ocorre sem contato, em ações como mudanças bruscas de direção ou aterrissagens mal executadas. “É comum o atleta sentir um estalo e dor intensa no momento da lesão”, explica Cássio Siqueira, doutor em Ciências pela USP. O diagnóstico inicial é clínico, com testes no campo, mas a confirmação depende da ressonância magnética. Essa imagem também revela lesões associadas, como danos ao menisco ou contusões ósseas.

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Seleção Feminina em treino. Foto: Nelson Terme/CBF

Seleção Feminina em treino. Foto: Nelson Terme/CBF

Fatores anatômicos e culturais pesam

Mulheres apresentam características que aumentam o risco de lesão: quadril mais largo, joelhos em valgo e centro de gravidade elevado. Além disso, muitas atletas não tiveram contato com o esporte na infância, o que compromete o repertório motor. Jéssica Fernandes, fisioterapeuta com agem por grandes clubes e pela Seleção, destaca a importância de treinar biomecânica. “A base é essencial para formar jogadoras com controle neuromuscular adequado”, afirma.

A intensidade do futebol feminino aumentou nos últimos anos, mas a adaptação do corpo não acompanha no mesmo ritmo. “Precisamos focar no que podemos controlar, como prevenção e treino adequado”, diz Jéssica. A média de afastamento após cirurgia de LCA é de cinco meses, mas o retorno à performance depende de muitos fatores. O aspecto psicológico também influencia: medo de nova lesão e insegurança afetam diretamente a execução dos movimentos em campo.

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O ciclo menstrual está sendo estudado como possível fator de risco, por conta da variação hormonal que afeta os tecidos ligamentares. O São Paulo monitora o ciclo das atletas e adapta a carga de treino conforme a fase hormonal. Outro ponto de atenção é o gramado sintético, que aumenta o atrito e pode favorecer entorses. Pesquisas mostram maior risco de LCA no futebol feminino em gramados artificiais. O debate sobre infraestrutura ganha força.

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Prevenção precisa ser integrada

Especialistas apontam estratégias eficazes para reduzir lesões: fortalecimento muscular, treino motor e atenção desde a base. Protocolos preventivos antes dos treinos ajudam a preparar o corpo para a intensidade das partidas. A monitoração do ciclo hormonal e o cuidado com a saúde mental também são fundamentais. Entender que a prevenção precisa ser constante e coletiva é o primeiro o para proteger as atletas e garantir carreiras mais longevas e saudáveis.

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