Ao longo da história da Liga dos Campeões da UEFA, o torneio de clubes mais importante do mundo, onde os gigantes do planeta competem entre si, uma bandeira sempre aparece no topo: a do Brasil. Dos anos dourados do Milan, ando pelos dias de glória do Barcelona de Messi, até a mais recente fase de múltiplas vitórias com o Real Madrid, os jogadores de futebol brasileiros deixaram uma marca indelével nas maiores noites do continente.
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Além de posições ou estilos de jogo, o talento brasileiro está sempre presente. Com formas de tocar muito diferentes, todos eles foram protagonistas. Alguns fizeram isso com apenas um clube, outros levaram sua experiência para vários times, mas em cada caso, eles sabiam o que era tocar a glória europeia. Abaixo, analisamos os jogadores brasileiros que mais conquistaram a Liga dos Campeões, tornando-os lendas do futebol mundial.
20. Ronaldinho Gaúcho (1)

(Foto: Getty Images)
Ano: 2006
No futebol de elite, onde a pressão é avassaladora e o resultado é tudo, Ronaldinho trouxe alegria. Sorridente, despreocupado, brilhante, sua agem pelo Barcelona não só marcou uma era, como também mudou a história do clube. Em 2006, quando o Barça conquistou seu segundo título da Liga dos Campeões, ele já era a alma do time.
Na final, disputada no Stade de , em Paris, em 17 de maio de 2006, o time catalão derrotou o Arsenal por 2 a 1. Ronaldinho foi a força motriz do jogo durante todo o torneio e uma peça essencial no caminho para a glória. Embora não tenha marcado na final, sua influência foi absoluta. Nas quartas de final contra o Milan, ele foi o grande divisor de águas. Ao longo do torneio, ele acumulou assistências, dribla e liderou com seu talento natural. Esse título também selou a Bola de Ouro que ele havia ganhado no ano anterior e confirmou que sua magia havia conquistado a Europa.
19. Kaká (1)

(Foto: Getty Images)
Ano: 2007
Ricardo Kaká foi a resposta do futebol brasileiro à modernidade europeia. Técnico, rápido e sempre pensando no futuro, ele brilhou no Milan como símbolo de um meio-campista completo. E se houve uma noite que marcou seu legado, foi 23 de maio de 2007, no Estádio Olímpico de Atenas. Lá, os italianos venceram o Liverpool por 2 a 1, vingando a final perdida dois anos antes em Istambul. Kaká foi o artilheiro do torneio com 10 gols e deu assistência para o segundo gol de Filippo Inzaghi na final.
Na semifinal contra o Manchester United, ele teve uma das atuações mais memoráveis da Liga dos Campeões, marcando três gols em ambas as partidas, incluindo uma no Old Trafford, onde deixou Heinze e Evra no chão com um único movimento. Com esse título, Kaká conquistou a Europa por inteiro. Meses depois, ele seria coroado com a Bola de Ouro de 2007, o último a vencê-la antes da era Messi-Cristiano.
18. Cafu (1)

(Foto: Getty Images)
Ano: 2007
Quando levantou a Liga dos Campeões com o Milan, Cafu já havia conquistado quase tudo: duas Copas do Mundo, Copa América e títulos locais no Brasil, Itália e Espanha. Mas um dos melhores laterais da história do futebol estava sem aquela medalha final, aquela que também o tornaria campeão europeu absoluto. Na temporada 2006/07, ele alternou com Massimo Oddo na lateral direita e, embora não tenha sido titular na final contra o Liverpool, sua presença no vestiário foi fundamental.
Cafu jogou na final de 2005 (retorno trágico do Liverpool em Istambul) como titular e peça-chave, e dois anos depois se livrou desse espinho. Ele se tornou um dos poucos jogadores de futebol a vencer uma Champions e uma Copa do Mundo. Esse título foi a cereja do bolo de uma carreira tremenda.
17. Neymar (1)

(Foto: Getty Images)
Ano: 2015
Em 6 de junho de 2015, em Berlim, o mundo viu o florescimento de uma estrela chamada Neymar Jr. Membro do histórico tridente do MSN ao lado de Messi e Suárez, ele foi uma parte vital da jornada do Barcelona rumo ao seu quinto título da Liga dos Campeões. Ele marcou gols nas quartas de final, semifinais e final, incluindo o gol que selou a vitória por 3 a 1 sobre a Juventus.
Neymar não era apenas um companheiro de luxo, mas um protagonista absoluto. Com apenas 23 anos, ele se tornou campeão europeu e entrou para a elite mundial. Sua comemoração animada no Olympiastadion foi a imagem perfeita de um jovem que havia cumprido seu destino: conquistar a Europa com brincadeiras, alegria e gols.
16. Thiago Silva (1)

(Foto: Getty Images)
Ano: 2021
Capitão do Paris Saint-Germain por anos, a Champions League o iludiu, mesmo depois de perder a final de 2020 para o Bayern de Munique. Mas sua hora finalmente chegou. Vestindo a camisa do Chelsea, eles alcançaram o auge da Europa em 2021, no Estádio do Dragão, no Porto, derrotando o Manchester City por 1 a 0 em uma final totalmente inglesa.
Aos 36 anos, Thiago foi titular e jogou 39 minutos, até que uma lesão o obrigou a sair. Mesmo assim, foi uma peça chave para o desempenho defensivo de todo o torneio. Durante aquela campanha, o Chelsea mostrou uma solidez notável sob o comando de Thomas Tuchel, com Thiago servindo como guia silencioso de uma defesa quase inexpugnável. Sua consagração veio após uma década de excelência, e sua imagem erguendo o troféu fechou um círculo emocional e esportivo.
15. Jair da Costa (2)

(Foto: Redes Sociais)
Anos: 1964, 1965
Antes da Champions se tornar uma marca global, Jair da Costa já sabia o que era ter sucesso no velho continente. Ele ingressou na Inter de Milão na década de 1960 e rapidamente se tornou parte essencial do famoso time liderado pelo argentino Helenio Herrera. Com sua velocidade e equilíbrio na direita, ele trouxe velocidade a um time tático e sólido. Ponta direita rápido e vertical, embora fosse reserva de Sandro Mazzola, ele geralmente entrava como reserva.
Na final de 1964, a Inter derrotou o Real Madrid por 3 a 1 em Viena. Jair, com apenas 23 anos, era o responsável por quebrar a ponta direita, com velocidade e drible. No ano seguinte, repetiram o feito: 1 a 0 contra o Benfica, em San Siro, com Jair novamente como peça-chave no modernizado sistema defensivo-ofensivo catenaccio de Herrera. Jair da Costa marcou 11 gols em competições europeias pela Inter e fez parte do time que também conquistou duas Copas Intercontinentais.
14. Júlio César (2)

(Foto: Redes Sociais)
Anos: 1997, 2000
Seu nome não está entre os mais famosos do futebol brasileiro, mas Júlio César da Silva ocupa um lugar único na história: foi campeão europeu por dois clubes diferentes, um feito reservado a poucos. Primeiro, com o Borussia Dortmund em 1997, fazendo parte do time que chocou o continente ao vencer a Juventus na final.
No auge de sua carreira esportiva, Júlio César se juntou a um time do Real Madrid que começava a contar com elencos repletos de estrelas de classe mundial. E, embora não tenha atuado nas fases decisivas, o brasileiro fez parte do elenco campeão da temporada 1999/2000. Um zagueiro sólido e com boa produção, Julio César é um daqueles jogadores que, sem muito alarde, conquistou glórias discretamente.
13. Dida (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2003, 2007
Imperturbável, sério, quase impenetrável. Dida foi o dono do gol do Milan durante uma de suas eras mais brilhantes. Ele foi um dos primeiros goleiros brasileiros a realmente fazer sucesso na Europa, e o fez com estilo: com dois títulos da Liga dos Campeões, e em ambos os casos sua presença foi decisiva.
Em 2003, no Old Trafford, o Milan enfrentou a Juventus em uma final italiana acirrada. Depois do 0 a 0, chegaram os pênaltis. E aí Dida surgiu com nervos de aço: defendeu três pênaltis (Trezeguet, Zalayeta e Montero) e deu ao Milan sua sexta Copa dos Campeões da Europa. Foi sua consagração como arqueiro de elite. Em 2005, ele jogou outra final inesquecível contra o Liverpool, com aquele fatídico empate por 3 a 3 e uma derrota nos pênaltis. Mas a vingança viria em 2007, em Atenas, onde o Milan venceu o Liverpool por 2 a 1, com Dida sólido entre os travessões, especialmente nos minutos finais.
12. Sérginho (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2003, 2007
Raramente um jogador que perde um pênalti em uma final é lembrado com tanto carinho. Mas esse era o Sérginho. Incansável, explosivo, sempre pronto para dar tudo de si na ponta esquerda do Milan. Ele foi titular na memorável final de 2003 entre Milan e Juventus e, embora tenha cometido um erro na disputa por pênaltis que garantiu o título, seu desempenho e comprometimento durante todo o torneio foram cruciais.
Em 2007, já em papel mais secundário, ele venceu a Champions novamente com o time que vingou a derrota de 2005. No total, o zagueiro brasileiro soma dois títulos europeus com os rossoneri e uma carreira marcada pela consistência e pelo respeito dos companheiros. Ele jogou mais de 100 partidas pelo Milan e foi uma parte importante da era Carlo Ancelotti.
11. Sylvinho (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2006, 2009
Sua carreira inclui agens notáveis pelo Arsenal, Celta de Vigo e Manchester City, mas seu auge foi levantar o título da Liga dos Campeões com o Barça. Versátil, profissional e com vasta experiência europeia, poucos lembram que o belo lateral-esquerdo que surgiu no Corinthians foi bicampeão do torneio de clubes mais importante do mundo.
Na temporada 2005/06, ele dividiu a ala com Gio van Bronckhorst e se alternou na escalação titular. Embora não tenha jogado a final contra o Arsenal (vitória por 2 a 1 em Paris), ele participou de várias etapas do torneio, especialmente na fase de grupos e no meio da temporada. Em 2008/09, ele teve seu último grande ano na Europa antes de retornar ao Brasil. Ele começou várias partidas e foi reserva na vitória final por 2 a 0 sobre o Manchester United em Roma. Aquele time do Guardiola foi um marco, e o Sylvinho fazia parte dessa engrenagem.
10. Danilo (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2016, 2017
Ele pode não ter sido o protagonista central, mas Danilo sabia estar no lugar certo na hora certa. Ele conquistou dois títulos da Liga dos Campeões com o Real Madrid, fazendo parte de um dos elencos mais dominantes da história recente do clube e do futebol mundial. O lateral brasileiro fez parte das equipes vencedoras sob o comando de Zinedine Zidane.
Na primeira, disputada em Milão, não atuou na final contra o Atlético de Madrid (1 a 1 e vitória nos pênaltis), mas foi titular em diversas partidas da fase de grupos e eliminatórias. Na edição seguinte, ele também teve minutos na fase de grupos e participou do rodízio da equipe. Embora não tenha começado nas finais, ele sempre foi um substituto confiável em um time repleto de estrelas. Depois de sua agem pelo Real Madrid, ele continuou a ganhar títulos no Manchester City e na Juventus.
9. Adriano (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2011, 2015
Em um time cheio de superestrelas, alguém tinha que fazer o trabalho sujo. Adriano era esse jogador. Capaz de jogar nas duas pontas, como lateral ou como meio-campista, o brasileiro foi coringa no Barcelona de Guardiola e, depois, no de Luis Enrique. Sem buscar holofotes ou manchetes, seu nome foi gravado em dois dos melhores times do século XXI.
O primeiro título veio depois de uma final inesquecível em Wembley, onde os catalães venceram o Manchester United por 3 a 1, e depois em 2015, quando o time de Luis Enrique venceu a Juventus por 3 a 1 em Berlim. Em ambas as edições, Adriano foi reserva na final, mas participou ativamente de diversas partidas do torneio. Em 2010/11, ele jogou nas eliminatórias e nas semifinais. Em 2014/15, ele jogou como alternativo tanto na esquerda quanto na direita, mostrando seu habitual comprometimento tático.
8. Éder Militão (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2022, 2024
Em um time do Real Madrid onde os holofotes tendem a se concentrar no ataque, Éder Militão tinha a tarefa de dar a segurança defensiva que o time precisa. Chegou como aposta do FC Porto e tornou-se um dos líderes da equipa que conquistou a Champions 2021/22, ao vencer o Liverpool por 1 a 0 em Paris. Titular indiscutível naquela temporada, ele era rápido nos tackles, forte no jogo aéreo e sempre atento para cobrir espaços.
Em cada recuperação épica — especialmente contra Chelsea e Manchester City — ele foi fundamental para segurar atacantes de alto nível. Na final de Paris, ele formou uma dupla sólida com Alaba. Na temporada 2023/24, uma lesão o deixou fora de boa parte da temporada, mas ele voltou bem a tempo de ficar no banco na final de Wembley, somando assim seu segundo título da Liga dos Campeões.
7. Rodrygo (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2022, 2024
Se a jornada do Real Madrid rumo ao 14º título da Liga dos Campeões fosse um filme, Rodrygo Goes seria a estrela do momento mais inesquecível. No jogo de volta da semifinal contra o Manchester City, quando tudo parecia perdido, ele marcou dois gols em um minuto para forçar a prorrogação. Depois, Benzema garantiu a agem para a final.
Aquele torneio de 2021/22 foi sua consagração. Rodrygo fechou a campanha com 5 gols, vários deles decisivos. Na final em Paris, ele jogou os últimos 15 minutos e ajudou a garantir o resultado contra um Liverpool que não parava de atacar. Em 2024, já mais consolidado como titular, participou da vitória em Wembley contra o Borussia Dortmund, embora não tenha marcado. Ele tem dois títulos da Champions League no currículo e, em ambos, teve papel fundamental nas noites mais heróicas.
6. Vinicius Jr. (2)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2022, 2024
Em 28 de maio de 2022, no Stade de , em Paris, Vini Jr. se tornou uma lenda com apenas 21 anos porque, em uma final apertada, tensa e disputada entre Real Madrid e Liverpool, foi ele quem marcou o gol da vitória. Aos 59 minutos: cruzamento de Valverde e finalização perfeita do brasileiro dão ao Madrid sua 14ª Copa dos Campeões Europeus. Durante aquela campanha, o atacante marcou quatro gols, deu sete assistências e foi o parceiro perfeito de Benzema em todas as reviravoltas mágicas — contra PSG, Chelsea e Manchester City.
Em 2024, brilhou novamente. Na final de Wembley, o Real Madrid derrotou o Borussia Dortmund por 2 a 0 e Vinícius voltou a marcar. Ele tem dois títulos da Champions, tanto como protagonista quanto como artilheiro da final. Sua ascensão foi meteórica: de um jovem promissor questionado por sua definição, a um símbolo de uma nova geração de ouro no Madrid.
5. Sávio (3)

(Foto: Getty Images)
Anos: 1998, 2000, 2002
Em um Real Madrid repleto de estrelas, Sávio soube se destacar. Chegou do Flamengo em 1998 com um pé esquerdo ousado e um drible diabólico. Ele não foi o jogador mais simpático à mídia nem o mais decisivo, mas esteve presente nos momentos importantes. Ele testemunhou uma transformação: o Madrid renasceu na Europa depois de mais de três décadas sem a Liga dos Campeões.
Ele venceu o Orejona três vezes, fazendo parte de um time que mudou a história recente do clube. Embora nem sempre tenha sido titular, ele foi um jogador importante na rotação, especialmente na temporada 1999/2000. Conhecido por sua velocidade e drible, ele teve atuações excepcionais em diversas rodadas classificatórias, embora seu papel tenha sido menos proeminente nas finais. Seu nome não costuma aparecer no topo das notícias, mas o brasileiro foi uma parte silenciosa de uma revolução branca.
4. Daniel Alves (3)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2009, 2011, 2015
Dani Alves não foi apenas um campeão da Liga dos Campeões: ele foi um dos jogadores de futebol mais bem-sucedidos de todos os tempos. E em FC Barcelona, ele encontrou seu lugar ideal para mostrar tudo o que tinha. Ele ganhou três Champions, desempenhando um papel fundamental em uma das eras mais brilhantes do futebol moderno. Uma mistura perfeita de competitividade brasileira e disciplina tática.
Em Roma, o Barça de Guardiola venceu o Manchester United por 2 a 0. Alves perdeu a final devido a suspensão, mas foi um jogador fundamental durante a temporada 2008-09. Em 2011, ele enfrentou o United novamente em Wembley. Desta vez, ele jogou os 90 minutos e foi imparável: o Barça venceu por 3 a 1 com um futebol celestial. Anos depois, com Luis Enrique no comando, eles conquistaram seu terceiro título da Liga dos Campeões, contra a Juventus. O tridente Messi-Suárez-Neymar pegou todas as luzes, mas Alves foi um dos destaques do torneio.
3. Roberto Carlos (3)

(Foto: Getty Images)
Anos: 1998, 2000, 2002
Na Madri galáctica do início do século XX, onde os holofotes estavam voltados para Zidane, Ronaldo e David Beckham, havia um brasileiro que roubava as manchetes por mérito próprio: Roberto Carlos. Um lateral que parecia um atacante, um zagueiro que se transformou em uma máquina imparável na lateral esquerda por mais de uma década. Ele conquistou três Ligas dos Campeões, sendo titular indiscutível em todas elas.
Em 1998, na Amsterdam Arena, o Madrid derrotou a Juventus por 1 a 0, encerrando uma seca de 32 anos nas competições europeias. Roberto Carlos foi imparável na ponta esquerda, defendendo com firmeza e atacando com decisão. Foi o início de uma nova era. Dois anos depois, em Paris, o Valencia foi goleado por 3 a 0 na primeira final entre clubes do mesmo país. Mais uma vez titular, sua conexão com Redondo e McManaman foi fundamental. Mas sua noite mais memorável aconteceu em 2002. Contra o Bayer Leverkusen, ele deu a lendária assistência para Zidane fazer 2 a 1 com um voleio histórico.
2. Marcelo (5)

(Foto: Getty Images)
Anos: 2014, 2016, 2017, 2018, 2022
Quando Marcelo chegou ao Real Madrid em 2007, ele veio para preencher a vaga deixada por ninguém menos que Roberto Carlos. Uma missão enorme. Mas o incrível é que ele não só correspondeu às expectativas: com o tempo, superou todas as expectativas. Marcelo não só conquistou cinco Ligas dos Campeões como foi protagonista em quase todas elas. Em cada um deles, ele foi fundamental tanto na defesa quanto no ataque, oferecendo profundidade, parcerias e desequilíbrio na esquerda.
Em Lisboa 2014, ele saiu do banco e marcou um dos gols na prorrogação para selar a vitória por 4 a 1 sobre o Atlético de Madrid e conquistar a tão sonhada Décima. Ele então se consolidou como titular na final do Milan (2016), novamente contra o Atlético, com vitória nos pênaltis após empate por 1 a 1; 2017 (Cardiff), onde o Madrid esmagou a Juventus por 4 a 1; e 2018 (Kyiv), quando venceram o Liverpool por 3 a 1. Na última final em Paris, Marcelo já estava como reserva, mas como capitão levantou o troféu após a vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool.
1. Casemiro (5)

(Foto: Getty Images)
Mais um caso de um jogador de futebol que chegou com pouco reconhecimento e acabou saindo com honras. Sua grande fisicalidade e compostura veterana fizeram de Casemiro a peça-chave do time mais dominante da Liga dos Campeões do século XXI. Ele ganhou cinco títulos com o Real Madrid, tendo papel fundamental em quatro deles. Foi o equilíbrio perfeito entre o talento brasileiro e a disciplina europeia.
Em 2014, ele não participou das partidas finais, mas fez parte do elenco campeão que levantou a Décima. Seu verdadeiro destaque começou em 2016, como titular na final contra o Atlético. Sua atuação foi impecável, destruindo o jogo adversário e dando equilíbrio a um meio-campo estelar. Em 2017, ele foi ainda mais influente: marcou o segundo gol na final contra a Juventus com um chute de longa distância que desempatou o jogo por 1 a 1. Foi uma vitória por 4 a 1 e Casemiro brilhou como nunca. Um ano depois, ele manteve a forma na vitória por 3 a 1 sobre o Liverpool, apoiando silenciosamente os ataques de Modrić e Isco. E em Paris 2022, contra o Liverpool, ele foi fundamental para acabar com o cerco inglês.